Polícia Civil prende suspeitos de arrombamento de caixas eletrônicos

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As prisões aconteceram nas cidades de Extremoz, Natal e Parnamirim — Foto: Reprodução

Policiais Civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) deflagraram, neste domingo (28), a Operação “Mãos Malditas”, com o objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão em desfavor de investigados pela prática de crimes de furto qualificado que ocorreram nas cidades de Goianinha, Santo Antônio do Salto da Onça, Extremoz e Natal. No total, foram nove ações criminosas, sendo quatro delas consumadas. As prisões aconteceram nas cidades de Extremoz, Natal e Parnamirim.

De acordo com as investigações, a organização criminosa estava atuando no Estado do Rio Grande do Norte desde o mês de fevereiro deste ano, quando começaram a ser investigados. Os criminosos utilizavam lança de corte para abrir os caixas 24h, desligando os alarmes e praticando os furtos, tendo subtraído, ao total, cerca de R$ 550 mil reais, durante esse período. Os policiais apuraram ainda que a organização possui composição interestadual, pois é formada por criminosos provenientes de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraíba, Bahia e do Rio Grande do Norte.

Neste domingo (28), por volta de 02h, o grupo criminoso entrou em uma farmácia, localizada na Av. Hermes da Fonseca, e cortou o caixa, subtraindo a quantia de R$ 175 mil reais. Participaram dessa ação criminosa oito pessoas, utilizando dois veículos. Após a DEICOR tomar conhecimento da ocorrência, as equipes começaram a diligenciar e conseguiram dar cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão. Durante as diligências, foram apreendidos aproximadamente R$ 50 mil reais em dinheiro, três veículos, equipamentos utilizados para corte, substância entorpecente conhecida como “skank”, balança de precisão e sacos para embalar drogas.

Ao total, seis pessoas foram presas: Dam William Grawe, conhecido como “Nitim”, 26 anos, foi preso em razão da existência de dois mandados de prisão, expedidos pela Justiça dos Estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina; Anderson Sérgio Pereira, conhecido como “Periquito”, 35 anos; Francinaldo Francisco da Silva, conhecido como Naldo, 43 anos; Gustavo Fernandes da Cruz, conhecido como “Guga”, 27 anos, o qual também responde pelo crime de tráfico perante a Justiça do Rio Grande do Norte e por tráfico internacional perante a Justiça Federal do Acre; Júlia Martines Oliveira, 30 anos; e Eloísa Alves de Oliveira, 22 anos.

“Nitin”, que é apontado nas investigações como o responsável por operar a lança de corte, estava foragido dos Estados de Santa Catarina e do Rio de Janeiro, pelo suspeita de arrombar caixas eletrônicos. Ao ser interrogado na delegacia, confessou que, no Rio de Janeiro, ele e “Periquito” teriam violado mais de cinco caixas eletrônicos, o que será compartilhado com as respectivas polícias judiciárias.

De acordo com as investigações “Periquito”, que é parceiro de “Nitin”, viaja o país inteiro cortando caixas eletrônicos, tendo ele confessado vários cortes em diversas capitais. Já “Naldo” é mecânico e confessou a participação nos crimes, sendo ele o responsável por guardar as ferramentas utilizadas nas ações. Com ele, foram encontrados as lanças de corte e um alicate hidráulico para abrir os caixas. “Guga” teria a função de conseguir os veículos para as ações e de dirigir os veículos. Ele também foi autuado por tráfico de drogas, em razão de terem sido encontrados consigo “skank”, balança de precisão e vários sacos plásticos.

As investigações indicam ainda que Júlia Martines é companheira de “Periquito” há alguns meses e sabia de todos os furtos que ele praticava, inclusive passava informações para ele, evitando que o companheiro fosse preso pela polícia, bem como o incentivava para a prática das ações delituosas. Já Eloísa é companheira de “Nitin” e é residente na comunidade da Rocinha, no Estado do Rio de Janeiro, mas estava no Rio Grande do Norte ajudando “Nitin” a cometer os crimes. Ela estaria tendo uma vida de luxo, pagando jantares em lugares nobres no valor R$ 700 reais e comprando R$ 10 mil reais em roupas e sapatos.

A DEICOR ressalta que as investigações continuarão, pois os policiais estão à procura de Encenor Ramalho dos Santos Neto, conhecido como “Netinho”, o qual teria a função de trazer os criminosos de fora para a prática das ações criminosas. Segundo o que já foi apurado, “Netinho” responde a vários processos criminais e tem uma vida de ostentação, sendo seguido por mais de 400 mil pessoas em sua rede social. Ele é suspeito de violar caixas eletrônicos, enriquecendo ilicitamente, e atualmente é procurado pela Polícia Civil.

A Polícia Civil pede para que a população continue enviando informações de forma anônima, por meio do disque denúncia 181, e dos números da DEICOR: (84) 3232-2862 e (84) 98135-6796 (Whatsapp).

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