Padre suspeito de comprar itens de luxo com doações de fiéis se defende: ‘Sempre carreguei cruzes’

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Por O Dia — O padre Robson de Oliveira Pereira, de 46 anos, investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e de usar dinheiro de doações de fiéis para comprar uma casa na praia, fazendas e itens de luxo, falou em vídeo neste sábado que se afastou da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) para colaborar com as investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

“O meu caminho nessa missão evangelizadora nunca foi fácil. Desde o início, como você bem sabe, sempre carreguei muitas cruzes”, disse o padre.

O MP-Go realizou na última sexta-feira uma operação para apurar irregularidades na Afipe, responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, cidade na Região Metropolitana de Goiânia conhecida como a “capital da fé” do estado. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, inclusive, em imóveis luxuosos ligados ao padre Robson, fundador e presidente da Afipe e reitor da Basílica. As informações são do portal G1.

“Sempre estive e continuo à disposição do Ministério Público. Por isso, esse meu pedido de afastamento vai me permitir colaborar com as apurações da melhor forma e com total transparência para que seja confirmado que toda doação que fazemos ao Pai Eterno – terços rezados, o dinheiro doado, tempo, carinho, trabalho empregado na evangelização – foi toda, repito, toda empregada na própria associação Afipe em favor da evangelização”, afirmou Robson.

A operação “Vendilhões” foi autorizadas pela juíza Placidina Pires, que também determinou o bloqueio de R$ 60 milhões em bens da Afipe e em outras associações ligadas a ela. As investigações do Ministério Público apontam que a entidade presidida pelo padre Robson recebia cerca de R$ 20 milhões em doações por mês e, em dez anos, chegou a movimentar R$ 2 bilhões.

Foto: Reprodução.

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