MPF pede esclarecimentos sobre R$ 9 milhões que JBS pagou a Wassef

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A força-tarefa Greenfield quer que J&F Investimentos e a JBS apresentem documentos que esclareçam a relação do grupo, ou de suas empresas, com o advogado Frederick Wassef.

Um pedido foi enviado à Justiça Federal para que as empresas revelem o motivo do pagamento de R$ 9 milhões ao ex-advogado do senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A força-tarefa quer ter acesso a notas fiscais, TEDs, procurações ad judicia, lista de inquéritos nos quais o escritório tenha atuado, cópias das petições assinadas por Wassef e outros documentos que provem que a prestação de serviços do advogado aconteceu dentro da lei.

O MPF já havia pedido direto às empresas esses documentos. Enquanto a J&F afirmou não ter qualquer relação contratual com o escritório do advogado, a JBS se negou a fornecer os documentos sob o argumento do sigilo assegurado na relação entre advogado e cliente.

Segundo o MPF, esse pagamento pode prejudicar o acordo de leniência celebrado com a empresa.

“A indevida ausência de resposta apenas alimenta as graves suspeitas veiculadas pela imprensa envolvendo a JBS. É necessário que a empresa aja de fato para afastar efetivamente todo o contexto de mora no cumprimento do acordo apresentado nestes autos, em vez de continuar protelando e agindo com o intuito de cumprir apenas aquilo que lhe convenha, no momento que bem entender”, afirmou a força-tarefa em nota.

JBS se manifesta

A JBS afirmou, em nota ao UOL, que os documentos estão protegidos pelo sigilo entre advogado e cliente e não vê razões para apresentá-los. Leia abaixo a nota: Como já explicitado em ofício enviado à Força Tarefa Greenfield, e seguindo rigorosamente o que manda a Lei, todo e qualquer documento relacionado à atuação profissional de escritórios de advocacia está protegido pelo sigilo advogado-cliente.

Não há tampouco razões para se evocar o acordo de leniência firmado pela J&F para justificar a demanda de tais tipos de documentos à JBS já que ele mesmo prevê que não devem ser apresentados documentos resguardados pelo sigilo profissional.

Ainda assim, a JBS reforça que os serviços prestados pelo escritório tiveram como finalidade atuação em inquéritos na esfera policial e foram prestados e pagos mediante emissão notas fiscais, sendo a última referente ao ano de 2019.

Fonte: OUL Notícias.

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