Hering comunica encerramento das atividades no Rio Grande do Norte

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A Cia. Hering confirmou nesta segunda-feira (21) que vai encerrar as suas atividades no Rio Grande do Norte. A fábrica que funcionava em Parnamirim, na região Metropolitana de Natal, será fechada e também serão encerrados os contratos com as 22 pequenas fábricas de costura no Seridó potiguar que produziam para a empresa e que geram cerca de 500 empregos.

Segundo a empresa, a decisão se dá por uma “adequação na produção, de jeans e de peças leves, que a partir de setembro passa a ser gerenciada pelo sourcing da companhia”. Isso deriva de um estudo logístico feito pela Cia. Hering que “visa a melhoria de importantes indicadores da operação, como a redução do lead time”.

“Nesse cenário, a unidade de produção localizada no Rio Grande do Norte terá suas atividades encerradas. Agradecemos todos os colaboradores que fizeram parte da história da Cia. nesta unidade”, disse em nota a empresa. O encerramento total das atividades acontece em até 90 dias.

A Cia. Hering inaugurou a fábrica no Rio Grande do Norte, especificamente na cidade de Parnamirim, em 2009. Além disso, já atuava com “facções” (oficinas de costura) terceirizadas no estado. A empresa não informou quantos colaboradores serão afetados pelo encerramento das atividades.

Em nota, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) lamentou a saída da fábrica do estado. A entidade disse que se reuniu com a direção da empresa e com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico para fazer um apelo para que não ocorressem os distratos com as pequenas indústrias do interior e para a permanência das atividades em solo potiguar.

“Lamentavelmente, a diretoria da Hering noticiou os prejuízos que já vinham ocorrendo agravados, significativamente, pelo fechamento das lojas – em todo o Brasil – em razão da pandemia de Covid-19, considerando que a maioria estava localizada em ambientes de shopping centers. Quem decide, de fato, o tamanho da produção de qualquer empresa é o mercado. Não é possível uma intervenção”, disse em nota a Fiern.

Para a federação, o momento é de buscar novos clientes para as pequenas fábricas do interior que trabalhavam para a a Hering.

“Portanto, se a Hering, por razões de mercado, está reposicionando seu negócio, devemos conjuntamente procurar novos clientes para as oficinas de costura que são células estratégicas e relevantes de geração de emprego e renda, indispensáveis ao desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte”.

Fonte: G1RN

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