Hamilton questiona projeto de autódromo no Rio por impacto ambiental: “Não acho inteligente”

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A polêmica em torno da construção de um autódromo no Rio de Janeiro para abrigar o GP do Brasil de Fórmula 1 ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira. Perguntado sobre o projeto de construção do circuito na Floresta do Camboatá, no bairro de Deodoro, o hexacampeão Lewis Hamilton se monstrou contrário à derrubada de árvores para a realização dos trabalhos.

– Não sei todos os detalhes, mas ouvi dizer que será potencialmente sustentável. Mas a coisa mais sustentável que você pode fazer é não derrubar nenhuma árvore, especialmente num momento em que estamos lutando contra uma pandemia e em que continua a haver uma crise global em todo o mundo. Com o desmatamento e tudo mais, não acho que seja uma jogada inteligente pessoalmente. Não tenho os detalhes do porquê, mas não é algo que eu pessoalmente apoio – disse Hamilton durante coletiva nesta quinta-feira, em Nürburgring.

Em 2019, Hamilton ouviu de representantes do Rio Motorsoports, consórcio vencedor da licitação para as obras, e do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República Jair Bolsonaro, apoiador do projeto, quais são os planos para compensar os danos ambientais das intervenções no terreno. Fato é que o piloto da Mercedes não vê como necessária a construção de um novo autódromo para receber a F1: 

– Esperava que a pergunta não fosse respondida porque, em última análise, minha opinião pessoal é que o mundo não precisa de um novo circuito. Existem muitos circuitos que são ótimos, e eu adoro Interlagos. 

Ambientalistas criticam construção do autódromo de Deodoro na área da floresta do Camboatá  — Foto: Reprodução/TV Globo

Ambientalistas criticam construção do autódromo de Deodoro na área da floresta do Camboatá — Foto: Reprodução/TV Globo https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Perguntado a respeito da divulgação de um teste positivo para coronavírus dentro da equipe Mercedes, Hamilton se mostrou preocupado e alertou para a necessidade de todos continuarem se precavendo contra a doença. 

– Naturalmente, é triste saber. Os caras trabalham tanto para ficar seguros e estar aqui no fim de semana, então é definitivamente uma preocupação. Obviamente, é importante que todos no mundo sejam continuamente lembrados de que essa coisa não desapareceu, ainda está aqui. Ainda precisamos seguir protocolos, usar máscara, manter nossas mãos limpas, manter nossas distâncias – finalizou.

Fonte: GE.

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