São Paulo poderá produzir 1 milhão de doses por dia da vacina CoronaVac

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Por Poder 360 — Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde do Estado de São Paulo, afirmou que o Instituto Butantan será capaz de produzir cerca de 1 milhão de doses da vacina contra covid-19 por dia. A projeção é para o 2º trimestre de 2021, quando uma nova fábrica estiver pronta.

O Butantan tem parceria com a empresa chinesa Sinovac. O acordo prevê a compra de doses da CoronaVac e a transferência da tecnologia para que o instituto produza as doses em solo nacional.

“A nova fábrica [do Instituto Butantan] está sendo construída e ficará pronta em 5 meses“, disse o secretário à agência Lusa. Segundo Gorinchteyn, a previsão é que a construção termine em março de 2021.

“A partir do momento em que nós recebermos a transferência de tecnologia, a receita do bolo, mais a construção da fábrica que será a grande cozinha para produzir o bolo, teremos, sim, a possibilidade de produção de 1 milhão de doses por dia”, afirmou. O secretário falou que a transferência da tecnologia deve acontecer ainda em 2020.

Ao ser questionado sobre a relação entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o governo federal, Gorinchteyn disse que “as conversas se mantêm em níveis técnicos”.

“Nós vamos continuar com as conversas junto à Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e ao Ministério [da Saúde] de forma técnica, totalmente independente de qualquer bandeira partidária, política”, falou.

No fim de outubro, o Ministério da Saúde informou que compraria 46 milhões de doses da CoronaVac. O protocolo de intenções que estabelece as condições da compra foi assinado pelo ministro Eduardo Pazuello. Um dia depois, o presidente Jair Bolsonaro decidiu cancelar o acordo. O presidente e Doria são desafetos políticos.

A vacina da Sinovac contra a covid-19 está na 3ª e última fase de testes. De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a segurança da substância já está comprovada. Falta agora testar sua eficácia.

Segundo estudos apresentados pelo governo de São Paulo, 35% dos 9.000 voluntários tiveram reações leves, como dor no local da aplicação, e nenhum efeito colateral grave durante os testes. O resultado significa que a vacina tem “excelente perfil de segurança”, de acordo com Dimas Covas. “É a vacina mais segura, no momento. Não no Brasil. No mundo”.

Foto: Reprodução/Instituto Butantan.

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