Por G1 PR — O homem suspeito de matar a esposa e enterrar o corpo dentro de casa, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, viajou com a amante horas após cometer o crime, de acordo a Polícia Civil.
As investigações apontam que nesta viagem o suspeito levou também o filho de 2 anos que tinha em comum com a vítima. Segundo a polícia, o menino estava na casa quando o crime aconteceu e acordou com os gritos da mãe.
Adriano Meinster de 36 anos foi preso no domingo (3) e deve responder por feminicídio, fraude processual e ocultação de cadáver. Em depoimento, ele confessou ter cometido o crime.
“Passavam mil coisas na cabeça, passou na cabeça de eu vir até a delegacia me entregar, passou na cabeça de cometer alguma coisa contra mim, de fugir, passou de tudo. No desespero, sem saber o que fazer, nunca fiz isso. Fui lá atrás, cavei o buraco e coloquei ela lá”, disse.
Corpo encontrado duas semanas depois
A vítima, Ana Paula de Almeida, de 25 anos, vinha sendo procurada pela família desde o dia 21 de dezembro. A família chegou a registrar um Boletim de Ocorrência após o desaparecimento.
No dia 20 de dezembro, um dia antes, Ana Paula publicou uma foto em uma rede social com a seguinte mensagem: “Quando você ama o que você tem, você tem tudo que você precisa”.
O corpo dela estava em um buraco dentro da casa e foi encontrado duas semanas depois. Os policiais foram levados ao local pelo marido.
Conforme a Polícia Civil, a causa da morte foi por asfixia. O casal viveu junto por sete anos.
Discussão antes do crime
A Polícia Civil informou que, segundo as investigações, o casal discutiu após Ana Paula ver mensagens no celular de Adriano de uma pessoa com quem ele mantinha um relacionamento.
O suspeito, de acordo com a polícia, disse que Ana Paula tentou atacá-lo com uma faca.
De acordo com o delegado Ademair Braga, o homem relatou que estava tentando retirar a faca da mão dela e, quando isso ocorreu, acabou segurando o pescoço dela.
Após assassinar a esposa, de acordo com a polícia, Adriano mandou mensagens do celular de Ana Paula se passando por ela para despistar a família dela.
A polícia também investiga a suspeita de que o homem apagou imagens das câmeras de segurança no dia do crime.
O que diz a defesa
O advogado de Adriano, Cláudio Dalledone, disse que a defesa continua colaborando com todos os atos de investigação e complementando os esclarecimentos acerca do acontecido.
Foto: Reprodução/RPC.