Deputados do RN negam voto contrário a extensão do auxílio emergencial: ‘Fake news’

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Sindicato acusa deputados de terem votado contra a continuidade do auxílio emergencial; parlamentares rebatem

Por Redação Trampolim da Notícia — Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE-RN) fez uma postagem em suas redes sociais sobre a votação da extensão do auxílio emergencial de R$ 600,00 até dezembro. O órgão mostrou os deputados que votaram contra não foram votar. Sendo que apenas Natália Bonavides (PT) e Rafael Motta (PSB) favoráveis ao projeto. Após a publicação, parlamentares contrários afirmaram que se tratava de uma “fake news”, Walter Alves (MDB), por exemplo, afirmou em suas redes sociais que a publicação era uma mentira: “esse projeto sequer foi pautado”, disse.

“Na última quarta, votamos o PL 2801/2020, que impede a Justiça bloquear, em razão de dívidas, o auxílio emergencial de R$ 600 pago em decorrência da pandemia de Covid-19.
A esse Projeto de Lei, o PT apresentou uma emenda que determinava o pagamento do auxílio emergencial de forma indefinida, enquanto durar a emergência de saúde pública devido à Covid-19. O relator do PL considerou a emenda inadequada tanto financeiramente como orçamentária. E apresentou parecer contra a emenda. Então, o PT fez recurso contra esse parecer. O que entrou em votação nominal foi o recurso apresentado pelo PT, e o RECURSO do PT foi rejeitado por ampla maioria. A emenda ou qualquer outro projeto para prorrogar o auxílio emergencial NÃO FOI sequer pautado, portanto, NÃO VOTEI CONTRA O AUXÍLIO. Com relação à emenda apresentada, cujo parecer foi negativo, há problemas porque ela não prorroga o pagamento apenas até dezembro, mas deixa brecha para que o pagamento seja feito por tempo indefinido, já que o período de emergência na saúde pode se estender por mais meses. Sou A FAVOR do auxílio emergencial. Quem está sofrendo com a pandemia porque perdeu seu emprego ou já estava desempregado precisa SIM receber o benefício”, comentou Walter.

O deputado General Girão culpou o PT e partidos da oposição por tentarem “DESTRUIR o GOVERNO BOLSONARO, dessa vez, por meio desse recurso apresentado na sessão da última quarta-feira na Câmara dos Deputados”. Veja a publicação:

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Leia a VERDADE sobre a *Votação sobre a "prorrogação" do auxílio emergencial* Na quarta-feira votamos o PL 2801/2020, que alterava a lei para deixar claro que o auxílio emergencial é impenhorável. O projeto era apenas isso. Ocorre que o PT, de maneira SÓRDIDA, querendo se aproveitar do tema do auxílio emergencial, fez uma emenda para determinar que o referido auxílio deveria ser pago INDEFINIDAMENTE, enquanto durar a emergência de saúde pública da COVID. O relator considerou a emenda inadequada financeira e orçamentariamente. O PT, então, fez um recurso contra o parecer, que foi votado nominalmente, ou seja, cada deputado deu o seu voto. E esse post MENTIROSO se refere à votação, ESPECIFICAMENTE, desse recurso. O recurso DO PT FOI REJEITADO por ampla maioria, por isso, a emenda propriamente dita, nem chegou a ser votada no mérito. Sobre a emenda em si, conforme dito acima, ela prorrogava o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 de forma INDEFINIDA enquanto durar a emergência de saúde pública da COVID. Há dois problemas nela: *1)* Quando ela obriga o Poder Executivo a pagar o auxílio durante a emergência de saúde pública, o termo final não fica claro. Por enquanto, o decreto de calamidade está válido até 31/12/2020, mas pode ser ampliado até que a pandemia e seus efeitos acabem. *2)* O segundo problema da emenda é que ela obriga que o auxílio seja sempre de R$ 600, impedindo que o Poder Executivo faça prorrogações por valores menores, criando uma espécie de transição. A questão é que cada mês de auxílio no valor de R$ 600 custa *R$50 bilhões*. Seriam, pelo menos, *R$ 300 bilhões* até dezembro. CONCLUSÃO: Mais uma vez o PT e outros partidos da oposição tentaram DESTRUIR o GOVERNO BOLSONARO, dessa vez, por meio desse recurso apresentado na sessão da última quarta-feira na Câmara dos Deputados. Ressalto que o auxílio foi previsto inicialmente por 3 meses e o Poder Executivo já prorrogou para mais duas parcelas, totalizando 05 (o calendário da 4 parcela está previsto para iniciar sábado, 18/07). Todavia, NÃO HÁ espaço fiscal para pagamento de um auxílio indefinido, até acabar a calamidade, ou até além disso, da forma como eles propuseram. Continua comentários

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A assessoria do deputado Benes Leocádio (PRB), em exclusividade ao Trampolim da Notícia, reiterou a afirmação de que a postagem do Sinte seria uma fake news e ninguém teria votado contra.

Em entrevista ao Radar Costa Branca, da FM 104, de Areia Branca, o deputado federal João Maia (PL) alegou questões orçamentárias para justificar a posição e acusou a oposição ao presidente Jair Bolsonaro de praticar fake News. Veja Vídeo:

A deputada Carla Dickson afirmou que “A lei que trata do auxílio emergencial já estabelece a sua prorrogação, ato definido em decreto publicado no dia 01/07”, disse. “O auxílio é um benefício extremamente importante que tem assistido milhares de brasileiros que padecem com os efeitos devastadores da pandemia e por isso conta com minha atenção e voto favorável. Pedimos encarecidamente que não compartilhem esta fake news! O nosso mandato está pautado, acima de tudo, com a verdade”, completa.

O deputado Beto Rosado (Progressistas) não compareceu a votação.

**O Trampolim da Notícia ainda busca uma posição dos demais membros da bancada federal.

Foto: Reprodução.

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