Por Tribuna do Norte — O Núcleo de Investigação Sobre Pessoas Desaparecidas (NIPD) da Polícia Civil do Rio Grande do Norte decidiu suspender as buscas pelo menino José Carlos, desaparecido há 21 dias, na área dos Conjuntos Pajuçara e Redinha, onde o garoto de 8 anos foi visto pela última vez antes de desaparecer. As oitivas das testemunhas do caso, porém, continuarão a ocorrer ao longo dos próximos dias. A investigação do sumiço do menino está sob sigilo.
Em nota enviada à imprensa, a Polícia Civil informou que, caso sejam necessárias, novas buscas serão feitas nas proximidades da casa de José Carlos. O órgão disse, ainda, que desde a data do registro do desaparecimento foram realizadas diversas diligências pelas equipes de policiais civis, porém o conteúdo se encontra sob sigilo para garantir o êxito nas investigações.
A Polícia Civil também destacou que, no intuito de preservar pessoas e informações, “não são divulgados depoimentos colhidos, nem linhas de investigação”. “A instituição ressalta que todos os esforços estão sendo empreendidos no intuito de esclarecer os fatos, identificando e responsabilizando o(s) autor(es)”.
Até agora, vários familiares e testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil. Na última sexta-feira, a mãe de José Carlos, Ozenilda das Dores, 39, e o padrasto, Silvano Morais, 28 anos, também foram convocados para prestarem novos depoimentos. A polícia investigativa disse que o processo é praxe nas oitivas. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o casal rechaçou qualquer envolvimento no sumiço do garoto.
Na semana passada, a Polícia Civil intensificou as buscas e promoveu uma série de ações com cães farejadores, em parceria com o Corpo de Bombeiros da Paraíba, na busca por pistas onde o garoto possa ter caminhado antes de desaparecer. Durante os trabalhos com os cães, os bombeiros da Paraíba chegaram a mostrar uma roupa de José Carlos para que os animais pudessem farejar algum rastro nas imediações da casa do menino. As buscas aconteceram até a quinta-feira (5), e foram encerradas temporariamente pela Polícia Civil, que garantiu que os trabalhos com os animais poderão ser retomados caso haja necessidade.
Relembre
José Carlos, 8 anos, saiu de casa na manhã do dia 21 de outubro para levar um suco para o irmão que estava trabalhando num semáforo entre as Avenidas João Medeiros Filho e Moema Tinoco, duas das mais movimentadas da zona Norte de Natal. Ele mora na comunidade Rio Doce, que fica próxima desse ponto.
No último dia 28 de outubro, familiares, amigos e vizinhos do garoto promoveram um ato no cruzamento das avenidas citadas cobrando respostas e investigações das autoridades competentes.
Na sexta-feira (6), um novo ato aconteceu no lugar onde José Carlos deveria ter chegado para entregar o suco ao irmão. A família do menino esperava o sinal vermelho e atravessava o cruzamento expondo uma faixa com a frase: “Enquanto não há notícias, há esperanças”. Quando o sinal abria, a família e os manifestantes deixavam a faixa de pedestres e permitiam o fluxo de trânsito.
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